Águas Compridas sem água da Compesa há quatro anos
Quando ouvimos o nome do bairro de Águas Compridas, em Olinda, logo vem à cabeça abundância de água. Mas não procede: a precariedade de abastecimento ocorre desde 2016 e os moradores não sabem mais a quem recorrer. A maioria já desistiu de esperar a água, que demora muito a chegar e, quando chega, é insuficiente para abastecer os reservatórios dos residentes da Rua Dona Marina Valença.
Quem mais precisa, tem que recorrer a medidas alternativas, como a perfuração de poços, que os próprios vizinhos montaram na localidade, de forma improvisada. O preço varia de R$ 30,00 chegando até R$ 50,00 pela hora de abastecimento de água.
“Há mais ou menos quatro anos não recebemos água da Compesa em nossas torneiras. Temos que pagar a um vizinho que fornece a água do poço que ele tem, pagamos R$ 80,00 por mês, é a única opção que temos”, disse o frentista Alexandre Rodrigues. Ele mora próximo à escadaria da rua, que em nenhum trecho recebe água da companhia e diz se sentir humilhado por não ter o direito à água.
“Eu coloquei a Compesa na Justiça, em julho de 2018. Eles disseram que iriam mandar um caminhão-pipa de 15 em 15 dias, mas esse prazo não é cumprido”, disse o aposentado João Severino. A última vez que chegou água na casa dele foi no mês de maio, e a penúltima foi há dois anos atrás. A máquina de lavar da família está em desuso. Com recursos próprios, João resolveu pagar alguém para quebrar a calçada da frente da sua casa e investigar o motivo da falta de água, descobrindo que o cano da Compesa estava entupido.
Segundo a filha de João, a Compesa alega que a água não chega até a residência por conta das pessoas da região, que colocam bombas para abastecer seus reservatórios, quando é dia de abastecimento. “Eles dizem que tem que trocar a tubulação e fazer reformas, mas não fizeram nada até agora. Em uma das audiências, eles alegaram que o dinheiro das contas que pagamos era o valor referente ao carro de abastecimento”, disse a moradora Ivanir de Lira.
Em nota, a Compesa informou que desconhece o longo período de desabastecimento da Rua Dona Marina, em Águas Compridas e informou que irá enviar uma equipe até hoje (30), para averiguar a situação.
A moradora, Lucia Barbosa, 70 anos, residente na Rua Severina Cássia, frequentemente passa dias e até meses sem água. Ela conta que tem um problema sério com a coluna e dificuldades para carregar os baldes, quando a água chega na torneira mais baixa da casa. Normalmente, segundo a moradora, a água chega sempre nas madrugadas, e, mesmo assim, vem com o fluxo muito fraco. A maioria dos vizinhos tem poços. Todos os meses ela paga as contas de R$ 44,08 mesmo sem ter água.
A solução que a Compesa deu à moradora foi que, todas as vezes quando ela precisar da água em sua casa ela deveria solicitar, através de uma ligação, um caminhão-pipa. A reportagem do Diario de Pernambuco flagrou o momento em que o carro-pipa abastecia a residência da moradora, com apenas 500 litros, quantidade insuficiente, segundo Lucia.
Fonte/Foto: DP
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