FAMILIARES PERMITEM EXAMES PARA DIAGNOSTICAR DOENÇA
Familiares permitiram que o Hospital Tricentenário realizasse os exames necessários para tentar confirmar o diagnóstico de Creutz-feldt-Jakob – também conhecida como Mal da Vaca Louca – em uma paciente de 54 anos internada desde agosto na unidade de saúde sob suspeita de ter a doença.
A realização dos exames, que também poderão dizer se a enfermidade é hereditária e cuja autorização vinha sendo negada pelos familiares da pacientes, foram solicitados pelo Ministério Público de Pernambuco na manhã desta segunda-feira (19). Antes mesmo do recebimento da notificação oficial, os parentes autorizaram a realização dos procedimentos.
Ainda na manhã de hoje, foi colhida uma amostra do sangue da mulher – que está internada sem se comunicar e sem responder a estímulos. Devido à inércia das reações, a equipe médica não sabe dizer se a paciente está consciente.
A Creutz-feldt-Jakob é transmitida por um agente chamado príon e é progressiva e fatal em 100% dos casos. A forma mais conhecida da doença é popularmente chamada de Mal da Vaca Louca – quando a transmissão ocorre por carne bovina contaminada. No Brasil, não há registro desse tipo de alimento infectado. Como a paciente nunca viajou para países onde há risco de transmissão do Mal da vaca louca, essa possibilidade foi afastada pelos médicos.
Independente do resultado dos exames, a família informou que não acredita no diagnóstico – que só pode ser comprovado com o exame encefálico pós-morte. De acordo com eles, o atendimento no Hospital Tricentenário não é o mais adequado. O desejo dos parentes é levar a paciente para uma unidade de saúde mais próxima de casa, no Cabo de Santo Agostinho. A remoção, entretanto, não foi autorizada pelo Tricentenário por conta da gravidade do estado de saúde da paciente.
SAIBA MAIS
A Creutz-feldt-Jakob só pode ser confirmadas sem margem de dúvida após a morte do paciente. Exames laboratoriais não atestam de forma definitiva a doença. Apesar de associada ao consumo de carne contaminada, na variação do Mal da Vaca Louca, a patologia pode ocorrer na forma esporádica – quando não existe uma fonte infecciosa conhecida e não existe evidência da doença na história familiar do paciente, o que ocorre na grande maioria – 85% – dos casos. Além da forma adquirida e da esporádica, cerca de 10 a 15% dos casos da doença são herdados, quando existe uma mutação no gene que codifica a produção da proteína prion.
Segundo a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), não há tratamento efetivo para a doença. De acordo com a resolução 68/2007 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o agente responsável pela patologia (príon) é altamente estável e resistente à maioria dos desinfetantes.
A doença da vaca louca é uma das formas das Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis (EET). São doenças fatais e caracterizadas por degeneração esponjosa do cérebro. O Brasil é considerado território livre da doença, mas ele é considerada de alta incidência em Portugal (continental) e no Reino Unido (Escócia, Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte).
Algumas dos sintomas são a demência, confusão mental, irritação e tremor nos membros inferiores e superiores. Para que seja diagnosticada, a paciente deve passar pelos exames de eletroencefalograma, de ressonância magnética, de proteína 14.3.3 (líquor), pela análise genética em sangue periférico e pela realização de necropsia. Estes dois últimos precisam de documentos (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para realização do exame de análise genética e o Termo de Consentimento para a realização da necropsia), que devem ser assinados pelos responsáveis.
Fonte:
Com informações da repórter Juliana Colares, do Diario de Pernambuco
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