JONALISTAS: TRISTE FIM DO SINDJOPE E DA AIP
Manoel Fernandes Larré
É lamentável e muito triste vermos duas entidades representativas dos jornalistas pernambucanos, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco (Sinjope) e a Associação de Imprensa de Pernambuco (AIP) em total decadência e penúria. Quem visita hoje o Sinjope sai de lá comovido com o que constata. A sede (casa) comprometida em sua estrutura, sem pintura, com vazamentos; as paredes rachadas e caindo o reboco; banheiros em má conservação e higienização. A biblioteca com os seus livros se estragando e nada de novo ou conservado em termos de mobília.
O auditório, antes usado para conferências, seminários e debates com políticos e a classe trabalhadora, virou um depósito de lixo e sucatas. A única coisa visível dos tempos atuais é um computador e uma impressora, já obsoletos. E para não dizer que tudo está entregue às baratas, temos a abnegação dos três funcionários: Ceci, Alberto e Adriano, que ainda estão por lá. Para não fechar a entidade classista de vez, continuam seus afazeres na entidade, por falta de opção de emprego (idade), já que estão tão-somente esperando o tempo de aposentadoria.
Uma lástima! Quem não se lembra dos tempos dos presidentes Wilson Soares, Eliomar Teixeira, Edna Maciel, Carlos Cavalcanti e outros? Depois o sindicato virou trampolim político para os sucessivos presidentes se locupletarem de bons cargos e salários nos níveis federal, estadual e municipais. Estão esses presidentes com boa saúde financeira e se gabando dos seus belos automóveis, imóveis e sinecuras.
A esquerda festiva se aproveitando do momento favorável. Com a saída do regime da revolução militar, se apossou do Sinjope com promessas de mudanças para a categoria, e enterrou de vez o sonho dos jornalistas pernambucanos, que queriam ter uma instituição voltada para a valorização e dignidade no trabalho, por melhores salários etc.
Um triste fim para quem sonhou com um sindicato forte e não uma entidade de pelegos e patrulheiros ideológicos, atrelado à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outros organismos sindicais bisonhos e inescrupulosos.
Já a AIP, que já teve dias de glórias com uma rica pinacoteca, biblioteca, cinema/teatro, restaurante panorâmico, salão de jogos, barbearia, afora um departamento médico inteiro, com dentistas, pediatras, clínicos etc, hoje segue o mesmo caminho do Sinjope. Um triste e melancólico fim, desde a má gestão do período Joezil Barros, que levou a entidade à bancarrota, e depois por sucessivas gestões desastrosas e viciadas, também fazendo da Associação trampolim e cabide de empregos.
Acabaram por enterrar de vez a Associação da Imprensa de Pernambuco, levando-a a abandonar o prédio da Avenida Dantas Barreto para se homiziar num cubículo na ala norte da ex-Casa de Detenção. Hoje, volta ao 10º andar, da Dantas Barreto, mas quem te viu e quem te vê, sabe que falta material de trabalho: não tem telefones, energia só depois de uma longa conversa e parcelamentos dos débitos, elevadores parados. Uma vergonha para a classe dos jornalistas!
Quem esquece a era do jornalista Sócrates Times de Carvalho, quando tudo funcionava bem e foi até construído na sua gestão um anexo para abrigar o complexo médico? Boas lembranças da época de funcionamento do Restaurante Panorâmico, que atraia os grandes nomes da sociedade pernambucana e artistas nacionais e internacionais com confraternizações e debates políticos.
Dava-se prazer ir à AIP e ser atendido pela secretária Marlene e pelos abnegados servidores “Seu” João e Antônio Hermínio. Mês passado, a AIP promoveu eleição para renovar seus membros e a chapa não tem nenhum representante de peso. Mera formalidade, pois ninguém quer pertencer a uma entidade totalmente falida e sem crédito na praça. Mais que lamentável! Tempos bons não voltam mais, saudade de outros tempos iguais.
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