LABORATÓRIO “O IMAGINÁRIO” PARTICIPA DA 16ª FENEARTE
Transformar a atividade artesanal num modo de vida sustentável através de ações geradoras de trabalho, renda e inclusão social, com moradores de diversas comunidades de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um dos focos que vem trabalhando, desde 2001, o laboratório de design da UFPE, O Imaginário. O método aplicado abrange com eficácia comunidades que vão do Sertão, como o povo Quilombola de Conceição das Crioulas (Salgueiro), passando pela Zona da Mata Norte, onde inspira jovens e adultos originários de vilarejos de pescadores, à cerâmica do Cabo de Santo Agostinho.
O trabalho é desenvolvido com respeito ao ritmo de vida das comunidades, onde a atuação d’O Imaginário apóia-se numa metodologia participativa, quando ainda no desenvolvimento das peças, no trabalho entre o designer do laboratório e o artesão, dá-se início a um processo de valorização do saber popular, do reconhecimento das tradições, habilidades e uso dos materiais.
Na comunidade Quilombola de Conceição das Crioulas (Salgueiro), após anos de luta pelo reconhecimento como povo remanescente dos quilombos, foi desenvolvida a associação local, que numa parceria com o laboratório da UFPE, abriu portas para os cerca de 30 artesãos que formavam o coletivo. O trabalho realizado, desde a excelência do produto em compatibilidade com as demandas atuais do mercado, à inserção em feiras de negócios voltadas para o artesanato, como a Fenearte, possibilitou o escoamento das peças, que trouxe uma nova realidade para os moradores. Um exemplo disso foi a parceria com a Associação Recife-Oxford para Cooperação ao Desenvolvimento, que facilitou a aproximação de 12 agências internacionais e o Sebrae-PE.
Cana-brava – “Hoje todo mundo está fortalecido porque vê uma realidade diferente. Agora a gente tem futuro”, disse Marcionília Tavares, artesã de Goiana, na praia de Ponta de Pedra, que após a intervenção do Imaginário, numa comunidade dividida entre o trabalho na cana-de-açúcar e na pesca, desenvolveu a produção do Artesanato Cana-brava. Os objetos utilizados para confecção são inspirados no “covo”, uma espécia de caixa retangular utilizada na pescaria artesanal da região, que é confeccionada com um tipo de bambu que brota com facilidade nos manguezais.
As primeiras ações d’O Imaginário se concentraram na capacitação através de oficinas e na conscientização do trabalho coletivo como principal arma para superar as dificuldades. No início, o que era um grupo misto, tornou-se exclusivo para as filhas e esposas dos pescadores, com o mesmo objetivo: aprender um ofício e gerar renda com o trabalho.
As artesãs passaram por diversas etapas. Da qualidade das fibras de madeira para dar excelência na produção, inclusão em feiras e até parceria com outros laboratórios da UFPE, como o Laboratório de Mecânica, que desenvolveu com o apoio do Sebrae-PE, maquinários com a finalidade de facilitar o beneficiamento da cana-brava.
Cerâmica do Cabo – Originário do bairro do Mauriti, antiga área de olarias, no Cabo de Santo Agostinho, o artesanato dessa região começou nos primeiros anos da década de 1970. Na época, ainda não constituído como coletivo produtivo, o mestre artesão “Seu Celé”, liderava a moldagem do barro através da construção de utilitários, como filtros, jarras, telhas e potes. Anos depois, com todas as dificuldades surgidas, entre elas a obtenção da matéria prima, os artesãos se organizaram dando início em 2003, em parceria com O Imaginário e patrocínio do programa Petrobras Socioambiental, ao Centro de Artesanato Arquiteto Wilson Campos Junior.
A iniciativa possibilitou a criação de novos produtos, que hoje estão em grandes restaurantes, como o Nez Bistrô e o Tokios Café; acabamentos e melhorias na produção. Os artesãos do Cabo participam anualmente de feiras e convenções. Foram premiados duas vezes no Top100 Sebrae e tiveram suas obras expostas em sete das 12 cidades-sede da Copa do Mundo.
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