Mãe denuncia Hospital Tricentenário por lesão em bebê durante o parto
Um caso de lesão corporal em um recém-nascido está sendo investigado pela Polícia Civil e pelo Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe). A denúncia foi feita pela diarista Ana Paula de Souza, de 37 anos, mãe de Ariel, que sofreu ferimento na orelha durante o parto realizado no Hospital Tricentenário, em Olinda.
O menino nasceu no dia 25 de setembro, com 50 centímetros e 3,6 quilos, depois de um parto marcado por muitos problemas, de acordo com a diarista. Ana Paula contou que o médico usou instrumentos e muita força para tirar a criança, tendo, inclusive, caído ao puxar o bebê.
Com 41 semanas de gestação, Ana Paula procurou um posto de saúde e foi orientada a seguir para a maternidade do Hospital Tricentenário. Ela contou que sofreu muito. “Fiquei sozinha. Colocaram um remédio e eu estava morrendo de dor. Amanheceu, veio um médico, olhou e começou a colocar dois ferros. Eu gritava de dor. Não deu anestesia. O médico puxou tão forte que caiu no chão. Ele saiu, me levaram para outra sala e fizeram a cesárea. Depois de tudo, mostraram a orelha rasgada do bebê”, declarou a mãe de Ariel.
Além disso, houve um erro na documentação da criança. Na Declaração de Nascido Vivo, trocaram a identificação do sexo do bebê. Saiu feminino em vez de masculino. A idade da mãe também está com problema. Em vez de 37, o hospital escreveu 27. Por isso, a diarista ficou sem condições de registrar a criança. Confira o video.
Por meio de nota, a polícia informou que a diarista registrou o boletim de ocorrência no dia 05 de outubro. O caso está sendo investigado pelo delegado da Delegacia de Rio Doce, Osias Tibúrcio.
O Cremepe informou que abriu uma sindicância para apurar o fato. Segundo a entidade, o processo administrativo “corre em sigilo, para não comprometer a investigação e também seguir o que estabelece o código de ética profissional”.
Ainda traumatizada, Ana Paula contou à TV Globo que está com dificuldade para ir ao banheiro. Também informou que não tem conseguido amamentar direito. “Às vezes, o bebê procura o leite e não tem”.
A diarista prestava serviço na casa da mãe de uma advogada. Agora, a advogada Flávia Barbosa está cuidando do caso. Segundo a profissional, Ana Paula foi vítima de muitas violações.
“Deixaram ela numa cadeira de plástico, das 14h às 22h, sem ninguém dar orientação. Já é uma violação ao direito de gestante, porque tem que ser acompanhada”, afirmou a advogada. Além disso, disseram no hospital que dariam a ela uma substância para aumentar a dilatação, mas não informaram nem o que era, nem com iria agir, ou se provocaria dor.
“Somente às 9h, depois de gritar muito, implorar, chorar, foi que uma médica examinou a paciente e disse que ia levar para o quarto. Mas, em nenhum momento, disseram que procedimento era esse”, acrescentou a advogada. Flávia Barbosa disse, ainda, que mandaram ela deitar e abrir as pernas. “Foi nesse momento que o médico pegou uma tesoura e cortou a vagina dela para poder alargar o canal e introduzir o fórceps e forçar a saída da criança”, declarou.
A advogada afirmou, também, que houve o risco até de arrancar a cabeça da criança. “Ela tinha que autorizar esse procedimento arcaico e que não é mais utilizado pela Organização Mundial de Saúde. Tudo foi feito sem anestesia. Ela sangrou muito. Depois que a criança nasceu, ainda passou 48 horas sem ter atendimento pediátrico”, declarou.
Fonte: G1
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