O S.U.S. NOSSO DE CADA DIA É UM SUPLÍCIO
Manoel Larré
O nosso Sistema Único de Saúde (SUS), criado por lei com a finalidade de alterar a situação de desigualdade na assistência à Saúde da população, tornando obrigatório o atendimento público a qualquer cidadão, é, na verdade, nos dias de hoje, um calvário, um suplício para quem precisa de auxílio na rede pública Brasil afora. Para se tirar a prova dos nove foras, é só chegar a um desses postos de saúde para se perceber a fartura, ou seja, a falta de tudo, de medicamentos, um simples analgésico, a médicos especializados. Filas e mais filas para marcação de consultas, de exames em outras unidades.
E o pior vem depois: se o paciente necessitar de uma cirurgia, pode ser eletiva ou seletiva, tanto faz. São meses e até anos para a realização de uma simples operação de retirada de uma hérnia, por exemplo, como denuncia uma senhora (nome preservado) ao nosso Blog OLINDA HOJE, que fez uma peregrinação de hospital em hospital e por fim conseguiu ser atendida por um médico e teve marcada a sua cirurgia para maio de 2012. O caso dela se arrasta desde 2011. No dia marcado para a cirurgia houve uma greve branca na área de saúde e o procedimento foi remarcado para maio do corrente ano. O que aconteceu? Novo adiamento. O médico ligou para o hospital dizendo que não iria ao trabalho, por conta da chuva, pois não iria colocar o seu carro dentro da lama em volta da unidade hospitalar.
Minha gente, o SUS é financiado com recursos arrecadados através de impostos e contribuições sociais pagas pela população em geral e compõem os recursos dos governos federal, estadual e municipal, e ninguém merece tanta humilhação e sofrimento. Muitas vezes o paciente é obrigado a recorrer à Justiça para que a Secretaria Estadual de Saúde venha custear as despesas médicas e hospitalares decorrentes das cirurgias. Numa pequena sondagem, não oficial, fala-se em mais de 1.500 pacientes em Pernambuco, que aguardavam na fila para serem atendidos pelo sistema de saúde pública.
Enquanto isso, o governo federal, leia-se presidente Dilma Rousself, lança programas para a contratação de médicos estrangeiros para trabalhar nas periferias das grandes cidades e no Interior, e sabemos ser puro jogo de cena e embromação, pois os nossos postos de saúde não têm estrutura nenhuma para atender a população.
O povo carente precisa de dentistas, oftalmologistas, pediatras, ginecologistas, ortopedistas, psiquiatras, fisioterapeutas etc, enquanto o governo joga para a plateia com a implantação de UPA’s e Upinhas e hospitais metropolitanos, sem o efetivo necessário, ou seja, médicos, enfermeiras, atendentes etc.
No Congresso Nacional, assistimos a briga vergonhosa de cachorros loucos entre os parlamentares. Ninguém se entende sobre a destinação de verbas para a saúde, quando se fala em royalties do petróleo. Enquanto esse embate não termina, muitos pacientes morrem na fila de espera. Isso é uma vergonha! O povo tem que acordar para por fim a esse suplício. Amém.
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