OLINDA: UMA VEZ APAIXONADOS PELA CIDADE, AMOR PARA SEMPRE
Se quem procura viver o Recife intensamente se apaixona pela Cidade, não é diferente entre os habitantes de Olinda, que completa, na próxima terça-feira (12), 478 anos. Talvez esse sentimento seja ainda maior, já que, diferentemente da Capital, que é o centro das atenções no que se refere aos serviços, aos negócios e à política, habitar na vizinha-irmã acaba sendo, por vezes, uma questão de escolha. Conviver com as ladeiras históricas, com os casarios antigos e em meio às catedrais imponentes é motivo de inspiração para artistas plásticos, religiosos, escritores e músicos.
Entusiasmo que também toma conta do guia de turismo Airton Bandeira, de 39 anos, nascido e morador da cidade que é Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade. Desde pequeno, o orgulho de ser olindense o motivou a mostrar o lugar onde vivia aos visitantes. Crescendo em meio a turistas de todas as partes do mundo, Airton conseguiu aprender a falar francês, italiano e espanhol. Ele se gaba das habilidades adquiridas fazendo o que mais gosta, mas se diz satisfeito, principalmente, por poder aproximar Olinda ainda mais das pessoas vindas de fora do Brasil.
“Quando mais jovem, era um tempo em que eu decorava o que ia falar e, quando me interrompiam, eu tinha que começar toda a explicação de novo”, lembra Airton Bandeira, aos risos. “Mas, depois, isso foi começando a fazer parte de mim. É muito gratificante para mim ver os olhares interessados em cada pedacinho disso aqui. É uma satisfação imensa como guia e, mais ainda, como morador daqui”, completa.
O guia de turismo garante que já recebeu propostas de morar em outros lugares do mundo, mas a paixão por Olinda foi suficiente para mantê-lo na terra do coração. “Às vezes, quando não estou trabalhando, venho aqui no Alto da Sé e fico só contemplando essa vista. Isso aqui não tem em nenhum outro lugar. Não troco Olinda por nada. É uma cidade que emana poesia, música e cultura. É aqui que sou feliz”, declara Airton.
Esse sentimento é compartilhado com o casal José de Souza Lima, 47 anos, e Maria do Carmo Lima, 37. O advogado e a cabeleireira vieram de Barueri, em São Paulo, para conhecer os principais pontos da área histórica da cidade. Foram embora com vontade de voltar. O fim do passeio foi no elevador panorâmico instalado próximo ao fim da subida do Largo da Misericórdia. “A visão aqui é maravilhosa. Dá para ver até o Recife daqui”, impressionou-se José. “O modo como a história foi preservada ao longo de todos esses séculos me chamou a atenção. Olinda é isso: é história viva”, disse Maria do Carmo.
Ali perto, na Catedral da Sé, outro personagem também tem a paisagem deslumbrante da cidade como companheira. Há mais de seis décadas, o sacristão da igreja, Gilvan Pereira, 77 anos, acompanha o vai e vem de turistas pelo local e se sente realizado por contribuir em eternizar Olinda nos corações dos visitantes. “Lamento que tem gente até daqui que nem conhece direito a riqueza que temos em volta. Morar numa cidade como essa é um privilégio. Há muito tempo que vivo aqui e sou muito feliz por fazer parte desse povo”, expressa.
Matéria publicada na Folha de Pernambucoe no portal FolhaPE deste domingo (10.03.13):
http://www.folhape.com.br/cms/opencms/folhape/pt/cotidiano/noticias/arqs/2013/03/0089.html
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