Taxistas de Olinda disputam vaga para a Câmara de Vereadores

Postado por: Acioli Alexandre    Em: Olinda     Câmara de Vereadores, Eleições 2020, PROS

Diferentemente das eleições de 2016, o pleito municipal deste ano conta com mais de 20 candidaturas compartilhadas em Olinda. A ideia do mandato coletivo aparece em vários partidos e reúne candidatos de diversas categorias e segmentos disputando uma vaga para a Câmara de Vereadores. Os taxistas do município também aderiram.

São duas chapas na disputa por uma cadeira na Casa Bernardo Vieira de Melo: a Juntos Somos Mais Fortes, abrigada no PMN; e a Taxistas Unidos, com candidatos filiados ao Partido Republicano da Ordem Social, o PROS. Quatro profissionais compõem esta chapa: “Hélio Taxista”, Hércules Lima, Sérgio Henrique e Claudson Santana. “É uma candidatura que tem o apoio de mais de 100 taxistas”, garante Hélio. 

A candidatura dos taxistas olindenses não é isolada; vem no rastro de uma mobilização nacional desses profissionais, voltada pela defesa de melhores condições de trabalho, mobilidade nos grandes centros e contra os projetos que visam a regulamentação dos serviços de transporte por aplicativos (Uber, 99, Cabify). O movimento tem até um slogan e hastag: #taxistavotaemtaxista.

“Diante do desrespeito, do descumprimento das leis e da ausência de um representante para defender os nossos direitos na Câmara Municipal de Olinda, resolvemos construir essa candidatura“, afirma Hélio Taxista. O aliado da categoria no legislativo é Jorge Federal (PSL), que sai para disputar a Prefeitura de Olinda. 

Outra motivação para o lançamento da candidatura é a baixa adesão da categoria a “Regis Taxista” e “Índio Taxista”, componentes da chapa Juntos Somos Mais Fortes. “Os companheiros vêm tentando, sem sucesso, chegar à Câmara de Vereadores (Regis, há três eleições e Índio com duas candidaturas). Então, nós, com uma maior experiência de luta e envolvimento com entidades de defesa da categoria resolvemos disputar um mandato”, justifica.

Hélio Taxista garante que não há divergências entre eles. Existe apenas diferença no modus operandi. No entanto, a divisão da categoria, com o lançamento de duas candidaturas, pode não ter sido a decisão mais acertada. Os taxistas só saberão depois da abertura das urnas, na noite do dia 15 de novembro.