VIVER COM A DIFERENÇA: O DESAFIO DO HOMEM MODERNO
Embora a máxima “Narciso acha feio o que não é espelho” tenha sido escrita na década de 1970 pelo compositor Caetano Veloso, ela continua mais atual do que nunca e pode ser considerada como uma espécie de síntese do pensamento que permeia um considerável percentual da sociedade. Mesmo com toda a angústia causada pelos seres humanos ao longo da história, por intermédio de suas próprias segregações, eles parecem ainda não ter aprendido a lição: a Xenofobia e a Homofobia têm despontado como os dois maiores problemas comportamentais da atualidade.
Se há algumas décadas o mundo testemunhou estarrecido as atrocidades promovidas por Hitler com a sua eugenia; há poucos meses, a então estudante de Direito, Mayara Petruso, em um acesso de xenofobismo explícito, colocou em xeque uma das cláusulas pétreas da Constituição Federal (CF) que no caput de seu artigo quinto preconiza: “todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza…”. Adversa à Carta Magna, a universitária incitou, no Facebook, a morte de nordestinos como uma das soluções para a capital paulista. Esse fato retrata o quão grande é o problema social enfrentado por habitantes dessa região que migram para o Sudeste a busca de oportunidade econômica, mas acabam tornando-se alvo da perturbação fóbica.
Enquanto o Nordeste é hostilizado por esse movimento, os homossexuais igualmente sofrem com outro: a homofobia. A opção sexual vem sendo usada como marca divisória entre o respeito e o deboche, a idoneidade e a desconfiança. Entretanto, o panorama promete mudar: recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF), trazendo uma interpretação moderna da CF, reconheceu, por unanimidade de votos, a união oficial entre casais de mesmo sexo. Dessa forma, não só garantiu segurança aos parceiros que encontravam dificuldades em preservar direitos oriundos de suas relações homoafetivas estáveis, como também trouxe dignidade àqueles que sofrem simplesmente por tentar exercer a sua escolha conjugal ainda pouco ortodoxa.
Em linhas gerais, o Estado tem trabalhado na direção de dirimir as diferenças, equalizando-as sempre que possível; seja por intermédio da CF que, amparada em suas disposições rígidas, defende a equidade entre todos; seja por meio de decisões do STF, editando entendimentos a favor da universalidade dos direitos. Assim, não é bastante que o homem se ajuste à sua realidade circundante, mas, sobretudo, entenda que não há mais lugar para preconceitos, quer sejam eles de raça, cor ou sexo. Somos todos uma só Nação: o Brasil negro, branco, amarelo e ainda homem, mulher e homo.
Faço votos de que em 2013 sejamos mais FRATERNOS, LIBERTANDO-nos dos preconceitos que impedem que a IGUALDADE viva entre nós.
Alexandre Spinelli
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